Nas últimas décadas, o Serviço Social tem se expandido para o setor privado, revelando tanto novas oportunidades quanto desafios. No contexto do neoliberalismo, que prioriza o individualismo e o lucro, o assistente social enfrenta uma dualidade: intervir na questão social dentro das empresas e, ao mesmo tempo, lidar com as limitações impostas pelos interesses corporativos. Essa tensão entre promover mudanças estruturais e a coação dos interesses empresariais coloca o assistente social diante de um dilema crítico. A atuação do Serviço Social em ambientes corporativos deve equilibrar a assistência imediata aos trabalhadores com uma análise crítica das condições que perpetuam a desigualdade. A reflexão sobre essa atuação questiona a possibilidade de conciliar suporte efetivo com uma crítica às estruturas que geram essas demandas, buscando uma prática que preserve a autonomia profissional e alinhe-se aos princípios éticos da profissão.