Esta pesquisa demonstra a evolução da representação da cannabis na sociedade brasileira e a influência dos meios de comunicação nesse processo. Realizando uma análise detalhada do jornal O Globo, investigando como suas estratégias editoriais refletem e moldam a percepção pública sobre a cannabis. Baseado nas teorias de Agenda Setting e Espiral do Silêncio, o estudo avalia como o veículo constrói narrativas que influenciam a opinião pública e dialoga com o debate em torno das políticas públicas e da aceitação social da substância. A presente monografia objetiva analisar a trajetória da cannabis no Brasil, desde sua conotação negativa como "erva do diabo" até sua crescente aceitação como substância medicinal, e os seguintes objetivos específicos: investigar como a opinião pública é moldada pela comunicação; avaliar a eficácia das estratégias de Agenda Setting e Espiral do Silêncio no contexto da cannabis; e entender as implicações sociais dessas transformações. Trata-se de um estudo por meio de uma pesquisa exploratória e descritiva com caráter qualitativo, utilizando materiais científicos, livros e trabalhos acadêmicos, levantando conceitos que servirão de base para a pesquisa bibliográfica. A problemática se dá em torno da influência que os meios de comunicação exercem sobre a percepção pública da cannabis e como essa percepção pode impactar a regulamentação e aceitação do canabidiol medicinal. Os resultados dessa pesquisa mostram que as narrativas criadas pelos meios de comunicação têm um papel crucial na formação da opinião pública, levando a uma maior aceitação da cannabis como um recurso terapêutico. Conclui-se que a análise das teorias de opinião pública, Agenda Setting e Espiral do Silêncio é fundamental para compreender como a cannabis tem sido percebida e o impacto dessas percepções nas políticas públicas e na aceitação social.