A obesidade é uma doença crônica não transmissível (DCNT) que apresenta prevalência crescente nas últimas décadas, sendo causada principalmente pelo balanço energético positivo. Essa condição pode desencadear outras DCNTs, como o diabetes tipo 2 e distúrbios metabólicos. A densidade calórica refere-se à quantidade de calorias por grama de alimento, sendo maior quanto maior for o valor energético do alimento. Trata-se de uma variável nutricional relevante na abordagem da obesidade. O presente trabalho teve como objetivo buscar, reunir e analisar os impactos dessa estratégia nutricional na perda de peso, bem como nas alterações do perfil lipídico e da glicemia. Além disso, foram comparadas outras estratégias nutricionais comumente adotadas para o manejo da obesidade. A pesquisa foi conduzida por meio de uma revisão narrativa, considerando indivíduos adultos jovens, com idades entre 18 e 60 anos. Os resultados demonstram que a redução da densidade calórica da dieta é eficaz tanto para promover a perda de peso quanto para melhorar os níveis glicêmicos e lipídicos. Além disso, essa abordagem favorece a adesão alimentar, por não se basear apenas na restrição de alimentos de alta densidade calórica, mas também na valorização de alimentos com baixa densidade calórica, ricos em água e fibras, que contribuem para maior saciedade e redução da ingestão calórica total. Conclui-se que a densidade calórica constitui uma ferramenta prática e funcional no manejo nutricional da obesidade, com potencial para gerar benefícios clínicos e metabólicos significativos.