A telemedicina tem se configurado como um importante instrumento capaz de auxiliar os serviços de saúde. O manuseio de suas ferramentas pode ser útil e eficaz na transposição de limites de ordem temporal e espacial. Uma dessas ferramentas é o telemonitoramento, utilizado recentemente na telemedicina em unidades de terapia intensiva (Tele-UTI, do inglês Tele-ICU), que fornece aos profissionais de saúde dados clínicos e indicadores de saúde de pacientes possibilitando seu manuseio a distância. O objetivo desse trabalho é apresentar os benefícios e desvantagens da utilização dos serviços de Tele-UTI. Foi realizada uma revisão utilizando o modelo PRISMA e leitura de artigos científicos publicados no período de 2015 a 2021, disponíveis no banco de dados Pubmed, utilizando-se os descritores “Telemedicine” AND “ICU” e "Tele-ICU”. Foram analisados os aspectos clínicos, educacionais e de gestão, com os seguintes resultados: (1) Nos desfechos clínicos, houve redução da mortalidade e impacto positivo no acompanhamento clínico e evolução do paciente. (2) Em relação à educação, observou-se benefício no treinamento médico. (3) Em gestão, houve impacto positivo no funcionamento da UTI, transferência inter hospitalar, gerenciamento de leitos, segurança do paciente, exercício médico e redução de custos. Já em relação ao atendimento ao paciente e na comunicação entre médicos os resultados foram conflitantes. Conclui-se, que o uso da Tele-UTI apresentou um impacto positivo na UTI, principalmente nos seguintes desfechos: redução da mortalidade, melhoria do exercício da atividade médica e eficiência do gerenciamento de leitos.