O transtorno do espectro do autismo (TEA) é definido como um distúrbio neurobiológico grave e generalizado, que tem como características atrasos no desenvolvimento, dificuldades de comunicação, déficits no funcionamento social e comportamentos repetitivos. Sobre essa importante temática, a obesidade tem sido associada a muitos portadores do espectro autista, sobretudo em crianças. Diante da carência de estudos que correlacionam a frequência de sobrepeso e da obesidade em crianças e adolescentes com autismo no Brasil, este trabalho tem como objetivo avaliar a frequência de sobrepeso e obesidade nesse público-alvo numa escola do Município localizado no interior do Estado do Rio de Janeiro. Para tanto, é necessário compreender os hábitos de risco de crianças e adolescentes com TEA, na faixa de etária entre 6 e 16 anos, matriculados na Escola Municipal Especializada Professora Dayse Mansur da Costa Lima. Trata-se de um estudo com abordagem quali quantitativa, para avaliar os fatores de risco nas crianças para o desenvolvimento da obesidade. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética do UniFOA e aprovada sob o número de CAAE 31204019.0.0000.5237. Em seguida, as 36 respostas foram analisadas e verificou-se que 69,4% eram do sexo masculino e 55,5% eram adolescentes. Na classificação do estado nutricional constatou-se que 34,3% estão em risco de sobrepeso e 37,5% com peso elevado para idade. Conclui- se que o presente estudo demonstrou que crianças e adolescentes com TEA apresentam maior risco de sobrepeso e obesidade. Fármacos antipsicóticos, como a risperidona, e fatores ambientais influenciaram significativamente nos altos índices de sobrepeso na amostragem avaliada. Recomenda-se realizar em estudos futuros uma melhor avaliação das medidas antropométricas do público estudado, as quais não foram possíveis devido à pandemia da COVID-19.