Canabidiol (CBD) no tratamento do espectro austista

Resumo

A atividade médica é marcada por princípios bioéticos, cabendo ao profissional de medicina escolher, mediante evidências, a mais adequada intervenção junto ao paciente, minimizando ou curando o sofrimento que o acomete. O Transtorno do Espectro Autista (TEA), que afeta a comunicação social e causa comportamentos repetitivos, podendo ser acompanhado por ansiedade, epilepsia e hiperatividade, se inscreve no rol dos sofrimentos humanos. Seu diagnóstico precoce é crucial para um melhor prognóstico e o canabidiol (CBD), extraído da cannabis, tem se mostrado promissor no tratamento da sintomalogia, possibilitando qualidade de vida aos pacientes. Desde 2015, o CBD foi reclassificado como substância controlada pela Anvisa, permitindo pesquisas e desenvolvimento de medicamentos no Brasil. No entanto, o uso do CBD enfrenta resistência devido à sua fonte primária, a Cannabis Sativa, gerando muitas controvérsias à sua prescrição. Mães e ativistas têm lutado pela legalização da cannabis medicinal, impactando a opinião pública, com a contribuição de trabalhos científicos de instituições como a UFRJ e Fiocruz. Face ao exposto, a presente pesquisa empreendeu levantamento bibliográfico, tratado sob a forma de Revisão Integrativa (R I), que procurou categorizar os argumentos em favoráveis e desfavoráveis ao uso do CBD para o cuidado de pessoas com TEA, analisando-os à luz dos princípios bioéticos da ética médica. Por fim, o trabalho inferiu que a maior parte das publicações estão alinhadas à posição favorável e que se fundamentam nas garantias de justiça, beneficência e não-maleficência, propiciando validade à adesão dos profissionais de medicina ao uso do CDB para tratar TEA.


Descrição
Palavras-chave
Citação