A importância da qualificação do médico no atendimento a transexuais e travestis
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Resumo
Levando em consideração que saúde é um direito universal e que para que esse direito seja garantido é necessária a oferta de serviços de saúde com profissionais qualificados, o atual estudo, aprovado sob CAAE 45583221.9.0000.5237, resultou de uma pesquisa de campo que objetivou conhecer e avaliar as percepções sobre a comunidade LGBTQ+, com foco nas pessoas transexuais e travestis. Foi considerada a necessidade de atenção à saúde dessa população, a partir dos conceitos de gênero, identidade de gênero e orientação sexual. Realizou-se uma pesquisa de caráter qualitativo, exploratória, com survey e coleta de dados por meio de aplicação de questionário virtual, obtendo resposta de 32 profissionais médicos na região do Médio Paraíba e posterior análise de conteúdo proposta por Minayo. Nos resultados encontrados, chamou a atenção que para 68,8% dos respondentes não foram oferecidas aulas com a temática LGBTQ+ e 50% não possui conhecimento sobre os tratamentos oferecidos pelo SUS para transição sexual. Além disso, destacou-se que embora 81,3% concordassem que para manter boa relação médico-paciente, é importante o uso do nome social, uma parcela significativa (37,5%) dos respondentes reconhece parcialmente essa importância. Tais resultados demonstraram que os profissionais participantes não estão preparados para atender essas pessoas, evidenciando a necessidade de desenvolvimento de ações que fortaleçam não só as políticas públicas voltadas para essa parcela da população, bem como mudanças nas matrizes curriculares dos cursos de Medicina e a educação permanente do profissional médico, possibilitando, assim, uma atuação em prol da equidade, para uma maior promoção da saúde e do bem-estar da população LGBTQ+, com foco nas pessoas transexuais e travestis