Leishmaniose Visceral: avaliação do conhecimento da doença por médicos e enfermeiros de Volta Redonda
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Resumo
A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença endêmica em 12 países sul americanos. No Brasil, anteriormente restrita à região nordeste, sofreu um avanço geográfico, encontrando-se agora disseminada em todo território nacional. No estado do Rio de Janeiro há uma grande concentração de casos de LV nos municípios do médio paraíba, em especial Barra Mansa e Volta Redonda. Dessa forma, o presente estudo busca avaliar o conhecimento de médicos e enfermeiros atuantes no município de Volta Redonda sobre a Leishmaniose Visceral. O propósito deste estudo foi buscar compreender a realidade acerca do conhecimento dos profissionais de saúde atuantes na atenção primária sobre assuntos competentes à LV: seu agente etiológico, modo de transmissão, sintomas, tratamento e prevenção. Foi realizado um estudo descritivo transversal com 70 participantes, avaliando o conhecimento da Leishmaniose Visceral através de questionário contendo 10 perguntas semiabertas. A pesquisa foi realizada em unidades públicas de saúde de Volta Redonda, incluindo Hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF). Os dados foram avaliados utilizando a linguagem de programação R, através de um programa desenvolvido pelos autores. Foram entrevistados 70 profissionais da saúde: 35 médicos e 35 enfermeiros. Apesar de todos esses profissionais afirmarem já terem ouvido falar da LV, 55 (78,57%) dos entrevistados se consideram inaptos para suspeitar e diagnosticar tal doença. Dentre os médicos, apenas 18 (51,43%) sabiam identificar 3 ou mais sintomas da doença, 14 (40,00%) indicaram corretamente o exame que deve ser realizado para diagnosticar a enfermidade e somente 20 (57,14%) sabiam prescrever o medicamento correto. Nota-se, portanto, que há uma carência de conhecimento acerca da LV por parte dos profissionais entrevistados. Nesse sentindo, se faz necessária uma atuação mais incisiva da Secretaria de Saúde do município, a fim de manter profissionais da atenção básica alertas sobre possíveis casos de LV, conscientizando profissionais para ter a LV como diagnóstico diferencial mesmo tendo uma baixa incidência e uma gama de sintomas inespecíficos. Concomitantemente informando os munícipes sobre medidas preventivas e de controle da enfermidade, no intuito que a população em geral saiba como se prevenir da doença.