Fatores epidemiológicos e custos de hospitalização por fraturas no estado do Rio de Janeiro de 2011 a 2021

Resumo

As fraturas geram consequências econômicas e sociais, tanto para o estado quanto para o indivíduo acometido, o que pode ser considerado como um grave problema de saúde pública, além de ser um problema social pois interfere diretamente na vida laboral provisoriamente ou definitivamente. Para o Sistema Único de Saúde (SUS) as fraturas geram gastos mais onerosos com emergência, assistência e reabilitação, do que procedimentos médicos convencionais. O levantamento de dados sobre fraturas envolvendo múltiplas partes do corpo, possibilitará a fundamentação de ações específicas para a redução desses agravos, contribuindo para a diminuição da demanda aos hospitais e para consequente redução dos gastos com a assistência médica. A pesquisa teve como objetivo traçar um perfil epidemiológico dos pacientes internados no estado do Rio de Janeiro por fraturas envolvendo múltiplas partes do corpo adotando um método observacional retrospectivo, utilizando dados coletados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) de janeiro de 2011 a dezembro de 2021. As análises indicaram que as fraturas são mais comuns em homens, representando de 70% a 90% dos casos. Os principais fatores associados às fraturas em homens são acidentes e violência. No estado do Rio de Janeiro, a prevalência de fraturas é de cerca de 64,55% em pacientes masculinos e 35,45% em pacientes femininos, com diferenças em relação a estudos realizados em outras regiões. Quedas são responsáveis por cerca de 38% dos casos, seguidas por acidentes de trânsito (26,4%) e fraturas por arma de fogo (6,9%). Pacientes com 60 anos ou mais representam a maioria dos óbitos relacionados a fraturas de fêmur (83,3%). A faixa etária mais afetada varia conforme a causa da fratura, sendo prevalente entre jovens de 20 a 29 e 30 a 39 anos em casos relacionados a acidentes ou violência.


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