A pandemia de COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, revelou-se um desafio global de saúde, não apenas pelos seus efeitos respiratórios, mas também por suas complicações gastrointestinais. Este estudo visa investigar a relação entre a COVID 19 e o agravamento ou surgimento de doenças gastrointestinais. Realizou-se uma revisão bibliográfica narrativa, utilizando artigos publicados nos últimos três anos nas bases de dados LILACS, MEDLINE/PubMed, SciELO, e diretrizes da OMS. A análise dos 14 artigos selecionados revelou que o SARS-CoV-2 pode causar danos diretos às células da mucosa gastrointestinal, contribuindo para sintomas como diarreia, náusea, vômito e dor abdominal, além de complicações graves como hemorragias e eventos trombóticos. A alta expressão da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) no trato gastrointestinal foi associada à maior suscetibilidade à infecção. Além disso, observou-se que pacientes com doenças gastrointestinais pré-existentes ou condições hepáticas, como hepatite B crônica e cirrose, estão em maior risco de resultados adversos. A interação entre COVID-19 e esses fatores, bem como o uso de medicamentos no tratamento da doença, pode agravar lesões hepáticas e exigir monitoramento cuidadoso. Conclui-se que a COVID-19 impacta significativamente o sistema gastrointestinal e hepático, necessitando de mais pesquisas para elucidar mecanismos de infecção e desenvolver tratamentos eficazes. A compreensão aprofundada dessas interações é crucial para melhorar os protocolos de tratamento e mitigar os efeitos da doença nas populações afetadas.