A meningite, inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, possui diversas etiologias, dentre as quais destaca-se a bacteriana por sua alta incidência, pelo alto grau de gravidade e pela possibilidade de prevenção através da vacinação. Entretanto, o baixo nível de conhecimento dos profissionais da saúde – os quais possuem um papel fundamental na educação em saúde – acerca das vacinas contra os principais agentes etiológicos e da importância destas para a redução do número de casos apresenta-se como um importante empecilho para diminuição da incidência desta doença. Dessa forma, o presente estudo objetivou investigar o entendimento dos estudantes de graduação da área da saúde do Centro Universtário de Volta Redonda sobre a vacinação contra a meningite por meio de um questionário fechado com 18 perguntas que abrangeram variáveis sociodemográficas, o conhecimento sobre a meningite e a vacina contra os agentes etiológicos desta (epidemiologia, calendário nacional de vacinação, efeitos colaterais e recomendações especiais) e a autoavaliação do próprio nível de conhecimento. Foram entrevistados 134 estudantes da área da saúde, dos quais 64 cursam odontologia, 59, medicina, e 11, enfermagem. Cerca de 96,6% demonstraram um entendimento sólido sobre o que é a meningite, enquanto 86,5% conseguiram identificar corretamente os principais agentes causadores da doença. Apenas 13,43% demonstraram conhecimento sólido do calendário de vacinação – dos quais 3,73% são da medicina, 4,61%, da enfermagem, e 5,09%, da odontologia – o que levou a um baixo volume de acertos nas questões acerca das vacinas existentes no Programa Nacional de imunização e seus respectivos esquemas vacinais. Com base, portanto, nos resultados encontrados no estudo, torna-se evidente a necessidade de uma melhor abordagem do tema na grade curricular dos cursos supracitados para que a educação em saúde por esses futuros profissionais seja efetiva e impacte positivamente a comunidade que será assistida por eles.