O câncer colorretal é o terceiro câncer mais diagnosticado do mundo e seus protocolos de acompanhamento pós-operatório diferem entre as principais sociedades e grupos de especialistas, variando entre o acompanhamento pós-operatório padrão e o intensivo. Sobre o follow-up intensivo e principalmente sobre o exame de colonoscopia, supõe-se teoricamente que uma maior frequência desse procedimento resultaria em maior eficácia na detecção precoce de recidivas e de tumores metacrônicos, o que poderia ter impacto positivo na sobrevida desses pacientes. Porém, isso não é um consenso e existem dúvidas se um acompanhamento com menores intervalos de tempo asseguraria melhores resultados. O objetivo deste estudo é avaliar na literatura se existem evidências para uma melhor escolha da frequência da colonoscopia no follow-up pós-operatório do câncer colorretal. A revisão dos artigos foi feita nas bases de dados do National Center for Biotechnology Information (NCBI) e do PubMed e foram incluídos os estudos que mostravam alguma relação do câncer colorretal com o follow-up pós-operatório e principalmente com a frequência do exame de colonoscopia no follow-up pós-operatório. Verificou-se que os pesquisadores concluíram que uma maior frequência do exame de colonoscopia obteve benefício na detecção precoce de recidivas e no aumento das taxas de sobrevida. Apesar desses resultados aparentarem ser positivos, não foi possível concluir se é valido a adoção de uma menor ou maior frequência do exame, pois os resultados em números foram pequenos.