Complicações após pancreatectomias em portadores de neoplasias pancreáticas.
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Resumo
Os tumores pancreáticos são as neoplasias mais letais do trato gastrointestinal, com uma taxa de sobrevida em média de 5%, em um periodo de 5 anos. A localização de maior predominância dos tumores é na cabeça do pâncreas que deve ser ressecada junto com o duodeno por meio da duodenopancreatectomia, sendo um dos procedimentos cirúrgicos mais desafiadores, pelo alto grau de complexidade e pelas complicações no pós-cirúrgico. O objetivo desse estudo foi identificar as complicações pós-operatórias de pacientes portadores de neoplasias pancreáticas, com indicação de pancreatectomia caudal, duodenopancreatectomia ou pancreatectomia total. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura realizada através de um estudo retrospetivo, com abordagem quantitativa e qualitativa, utilizando como fontes bibliográficas artigos científicos publicados nos últimos 15 anos nas principais bases de dados. Pode-se perceber que a ressecção cirúrgica completa é a única alternativa terapêutica que possibilita a cura dos pacientes com câncer de pâncreas. Entretanto, uma pancreatectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais desafiadores, necessitando cirurgiões com alto nível de treinamento para sua execução. Apesar da segurança com a qual uma pancreatectomia é realizada atualmente, a sobrevida pós operatória no câncer de pâncreas ainda é muito baixa, além das diversas complicações dessa fase que prejudicam a qualidade de vida do paciente, sugerindo que as questões técnicas operatórias representam apenas uma das etapas necessárias para progresso dos resultados.