Navegando por Autor "Coelho, Alisson Veloso"
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- ItemO fluxo sanguíneo cerebral na sepse e sua regulação: uma revisão narrativa(2021) Coelho, Alisson Veloso; Menezes, Fhellipe César de; Marques, Luíz Fernando Ribeiro; Braz, Igor DutraSepse é uma condição ameaçadora à vida causada por respostas desreguladas do corpo frente à uma infecção. Aproximadamente 30 milhões de pessoas são acometidas por essa condição anualmente e 6 milhões evoluem para óbito. A desregulação sistêmica pode causar danos a órgãos vitais e, portanto, é importante conhecer quais os mecanismos fisiopatológicos estão envolvidos nesse processo. O cérebro é susceptível às descompensações hemodinâmicas frequentemente vistas em pacientes sépticos. Por conseguinte, métodos que avaliem diretamente a agressão ao cérebro são constantemente estudados. Essa revisão narrativa tem o objetivo de analisar as evidências sobre as alterações do fluxo sanguíneo cerebral e da autorregulação cerebral em pacientes acometidos por sepse, assim como discutir possíveis complicações associadas. Foram buscados artigos na plataforma PUBMED utilizando-se os descritores “cerebrovascular circulation” e “sepsis”. 11 artigos foram incluídos nesse estudo após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. Os métodos de avaliação cerebral mais utilizados foram o doppler transcraniano, a ressonância magnética com arterial spin labeling e o near-infrared spectroscopy. Através destes métodos foi possível avaliar a velocidade do fluxo sanguíneo cerebral, o index de pulsatilidade, índices que estudam a autorregulação cerebral e a saturação de oxigênio cerebral nos pacientes com sepse. Pacientes sépticos apresentam redução na velocidade do fluxo sanguíneo cerebral e maiores índices de pulsatilidade quando comparados a pacientes hígidos. A elevação desse último parâmetro e a alteração da autorregulação cerebral parecem estar associadas à delirium, encefalopatia e disfunções cerebrais. Também se notou que a saturação de oxigênio cerebral se encontra diminuída nos pacientes sépticos. Eles também apresentam menor capacidade de autorregulação cerebral do que pacientes hígidos. Apesar desses achados, mais estudos são necessários para elucidar a acurácia dos métodos empregados nos estudos e a real fisiopatologia das alterações cerebrais na sepse.